GUARÁ 56 ANOS: GUARÁ ÀS ESCURAS E AO ABANDONO: PREFEITO COMUNITÁRIO DENUNCIA OMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO REGIONAL

Iluminação precária, mato alto e praças esquecidas revelam um cenário de descaso no Guará I. Prefeito comunitário Wanderson Ferreira cobra ação e denuncia omissão institucional

O Guará vive um cenário preocupante de escuridão e abandono. As denúncias vêm diretamente da base: Wanderson Ferreira, prefeito comunitário da QE/QI 5, tem se levantado como uma das vozes mais combativas diante do que classifica como uma “vergonha institucionalizada”. Segundo ele, a Administração Regional do Guará, sob comando do administrador Arthur, falha em sua missão mais básica: zelar pela cidade e pela qualidade de vida de seus moradores.

A cidade está literalmente às escuras"

A falta de iluminação pública tem sido uma das queixas mais graves. “Basta dar uma volta pelas ruas do Guará à noite para perceber que a cidade está literalmente às escuras”, afirma Wanderson. “Postes com lâmpadas queimadas, trechos inteiros de vias sem iluminação e cruzamentos imersos na penumbra.”

O problema, que deveria ser pontual e facilmente resolvido, já se tornou crônico. A Companhia Energética de Brasília (CEB), responsável pela manutenção da rede de iluminação, está inoperante, segundo o prefeito comunitário. Porém, ele aponta que o maior erro está na postura da Administração: “A Administração Regional do Guará, liderada pelo administrador Arthur, se mostra completamente omissa, sem qualquer ação de cobrança, fiscalização ou diálogo com o órgão responsável.”

Insegurança, abandono e improviso

A ausência de iluminação pública vai além do desconforto visual — representa perigo real. “Iluminação pública não é luxo, é questão de segurança”, ressalta Wanderson. “A escuridão facilita assaltos, dificulta a mobilidade de pedestres e motoristas, e aumenta o medo entre os moradores.”

Enquanto o Guará apaga, a população improvisa soluções com lanternas e refletores particulares, ou simplesmente evita sair de casa após o anoitecer. “É inadmissível que, em pleno Distrito Federal, tenhamos bairros largados”, denuncia.

Mato alto e praças esquecidas

O quadro de abandono também se estende à limpeza urbana e conservação dos espaços públicos. “O mato tomou conta das calçadas, os gramados estão sem poda, os parquinhos estão largados e as praças — que deveriam ser espaços de convivência — hoje mais parecem terrenos abandonados”, critica Wanderson Ferreira.

O prefeito comunitário relata que a população tem se mobilizado por conta própria para capinar terrenos e recolher lixo. “Mas essa não é uma responsabilidade da comunidade, é do governo local. A Administração do Guará está falhando em seu dever básico, deixando o cidadão à mercê da sorte.”

É uma vergonha institucionalizada

A crítica mais dura de Wanderson resume o sentimento de muitos moradores: “É uma vergonha que, em pleno 2025, a cidade do Guará continue dependendo da insistência dos prefeitos comunitários, líderes locais e da própria população para resolver problemas básicos como iluminação pública, corte de mato, poda de árvores e limpeza de praças.”

Ele reforça que o papel da Administração Regional é justamente antecipar problemas e garantir soluções efetivas. “O que vemos hoje no Guará é a inversão completa de responsabilidades: cidadãos cobrando, prefeitos comunitários intervindo, e a Administração, que deveria liderar esse processo, se limitando a empurrar demandas ou simplesmente ignorá-las.”

Moradores exigem ação

A comunidade, segundo Wanderson, está fazendo sua parte. “Falta agora a Administração Regional fazer a dela.” O recado do prefeito comunitário é claro: o Guará precisa de atitude. Precisa de luz, limpeza, segurança — e de uma gestão que realmente esteja presente nas ruas, e não escondida em gabinetes.

“A população está cansada de promessas. Cansada de viver no escuro — tanto literal quanto politicamente. A cidade pede socorro, exige respeito e precisa de ações concretas.”

A voz de Wanderson ecoa como um grito coletivo por dignidade. Um alerta para que o poder público acorde, antes que a escuridão do descaso se torne irreversível. 

IMAGENS PREFEITURA DA QE/QI 05