Por Henrique Machado Se existe algo que une o passado e o presente da política no Guará é o fato de que a cidade segue sendo tratada como moeda de troca entre deputados em busca de poder e favores. Entre 2014 e 2022, o Guará esteve sob o domínio quase pastoral do distrital Rodrigo Delmasso , um político evangélico que confundiu gestão pública com púlpito, transformando a Administração Regional em anexo de igreja. Suas indicações não tinham qualquer compromisso técnico ou afinidade com a cidade — eram nomeações de conveniência, feitas para atender aos interesses de um grupo político-religioso que via no poder público uma extensão da missão pastoral. A cidade, claro, pagou o preço: praças abandonadas, obras paradas, centros culturais trancados, descaso com o esporte, sucateamento de equipamentos públicos e uma gestão que funcionava na base da fé — porque na base do planejamento não funcionava. Se alguém acreditava que, com o fim da tutela de Delmasso, o Guará respiraria novos ares, bast...