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Guará recebe Gira na Quebrada neste sábado

Celebrando a Cultura Afro diáspora e promovendo Inclusão Social

O projeto Gira na Quebrada surge como um oásis cultural nas comunidades periféricas do Brasil, almejando difundir e celebrar as riquezas da cultura afro diáspora. Reunindo diversas expressões artísticas, desde sets de música com influências afro diaspóricas até performances de dança e intervenções poéticas, o projeto busca criar um espaço inclusivo e acolhedor, sobretudo para pessoas de periferia.

Em suas edições já realizadas no bairro Pompéia, em Belo Horizonte, o Gira na Quebrada tem sido um ponto de encontro efervescente, atraindo centenas de participantes a cada evento. Com uma agenda que pretende ser mensal ou bimensal, o projeto visa estabelecer uma presença constante e significativa na vida cultural das comunidades periféricas, proporcionando oportunidades de entretenimento e conexão social.

O grande diferencial do Gira na Quebrada reside em sua abordagem inclusiva e diversificada. Embora não haja um público-alvo específico, o projeto se esforça para garantir que pessoas de todas as origens se sintam representadas e valorizadas em seus eventos. Desde crianças até idosos, pessoas com deficiência e membros da comunidade LGBT+, todos são convidados a participar e contribuir para a experiência coletiva.

Além de sua vertente cultural, o Gira na Quebrada também se compromete com a responsabilidade social, implementando iniciativas como doações de alimentos, brinquedos e outros itens essenciais para as comunidades periféricas. Essas ações demonstram o engajamento do projeto não apenas com a celebração da cultura afrodiáspora, mas também com o fortalecimento e a coesão das comunidades onde atua.

As parcerias estabelecidas pelo Gira na Quebrada com artistas locais, empresas e organizações comunitárias desempenham um papel fundamental em seu sucesso e impacto. Por meio dessas colaborações, o projeto amplia seu alcance e recursos, fortalecendo sua capacidade de promover a inclusão social e cultural nas comunidades periféricas.

Em suma, o Gira na Quebrada é uma força vital na cena cultural brasileira, inspirando uma visão mais inclusiva e celebrativa da diversidade afrodiásporica. À medida que continua a crescer e evoluir, o projeto deixa um legado duradouro de empoderamento e união nas quebradas do país, consolidando-se como um catalisador de mudança e transformação social.

EDIÇÃO GIRA DF

Nessa edição, o evento acontece pela primeira vez Brasília, estabelecendo conexões entre artistas locais, e a comunidade do Distrito Federal, sobretudo com a região administrativa do Guará, os coletivos responsáveis pela conexão com o Gira e que possibilitou a vinda dos mesmos, foram a Casa N’Dengo (Quilombo Urbano, gerido pelos Coletivos Guaraenses ConexãoAfro e Black Monster Studio), e ainda contou com o apoio da Casa de Cultura A Pilastra, e do edital de fomento a intercâmbio cultural FAC Conexões.

Está edição busca não só trazer o evento, mas trazer também conexões, e promover essa ligação com multiplas linguagens, então pela manhã do dia 1 de junho, vai ocorrer 2 rodas de conversa, com as respectivas temáticas|: “Produção de eventos e atividades culturais em comunidade” e “Artista para além do local”, em seguida acontecerão as atividades culturais, contando com artistas do DF e de BH, DJs e pockets shows, além de um churrasco jamaicano que já é marca registrada do Gira.

Expandindo Horizontes com a Combi

Em sua mais recente investida, o projeto Gira na Quebrada adquiriu uma Combi, uma antiga van que, apesar de necessitar de reparos, representa um novo capítulo emocionante para a iniciativa. A proposta por trás da aquisição é ambiciosa: utilizar a Combi para levar o projeto a diversas periferias em todo o Brasil, expandindo seu alcance e impacto. Embora baseado em Minas Gerais, os organizadores do projeto estão ansiosos para explorar outras regiões do país e compartilhar sua mensagem de cultura, arte e inclusão.

AfroKong, um dos criadores do projeto, expressa sua empolgação com a chegada da Combi: "Tipo assim, a Kombi vai ajudar a gente em muita coisa. A gente faz uma ação, consegue juntar um dinheiro, faz, por exemplo, 50, 30 marmitas, já consegue entregar em outros pontos da cidade com muito mais facilidade." Essa mobilidade promete facilitar não apenas a logística dos eventos, mas também a capacidade de atingir novos públicos e comunidades em todo o país.

Para Maria Araujo, integrante do projeto, a Combi representa a realização de um sonho compartilhado: "É muito gratificante quando a gente pensa no objetivo e vê esse sonho sendo construído junto. Um sonho que é muito grande, que é levar a cultura, a arte, o lazer para muitas pessoas que às vezes não têm acesso. E ainda mais, levar uma cultura que tenha a ver com a gente." Essa visão de democratizar o acesso à cultura e ao lazer ressoa profundamente com os ideais do Gira na Quebrada, que busca não apenas entreter, mas também capacitar e inspirar as comunidades periféricas.

Virginia Dandara, também criadora do GIRA, destaca a importância do Gira na Quebrada como um catalisador de reflexão e empoderamento: "O Gira leva a gente a refletir várias coisas, a estudar várias coisas sobre África, sobre diáspora." Ao oferecer um espaço para discussão e aprendizado, o projeto não apenas celebra a cultura afro diásporica, mas também fortalece o senso de identidade e pertencimento das comunidades periféricas.

Com o lançamento da Combi, o Gira na Quebrada está determinado a expandir sua missão de levar alegria, arte e interação às quebradas do Brasil. Como destaca Virginia Dandara: "A gente quer fazer um giro nas quebradas e fazer como se fosse uma gira, com comida, com arte, com interação, com alegria, porque é isso que o povo merece." Essa visão pretende alavancar o Gira na Quebrada, mas também as comunidades que eles alcançam, criando um legado de esperança e inclusão em todo o país.

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