A causa é nobre, mas os meios não justificam o fim
Neste final de semana a antiga Casa de Cultura do Guará foi invadida por um grupo de aproximadamente 30 mulheres, integrantes do Movimento Olga Benário, que oferece a apoio a vítimas de violência doméstica ou de preconceito. Sem pedir autorização a Administração do Guará, responsável pela gestão do espaço, para sua utilização e arrombando o cadeado do imóvel adentraram ao equipamento público e o transformaram em um alojamento com a desculpa que o imóvel encontra-se abandonado.
É bem verdade que o imóvel que abrigou a Casa da Cultura por quase 20 anos não vem sendo utilizado pela comunidade cultural, mas isso não justifica a invasão de um equipamento público para utilização, principalmente, em uma finalidade divergente da sua função social que é ser um equipamento cultural.
Na gestão do Administrador Regional Luis Carlos houve um entendimento entre o representante do Executivo em nossa cidade, artistas, produtores culturais e lideranças comunitárias que a Casa da Cultura iria sediar o Museu do Vinil, de propriedade da guaraense Janete das Graças, e esse grupo junto com a Administração do Guará iriam realizar as benfeitorias no local para receber o acervo do Museu, o que foi inicialmente feito por meio de mutirões, mas o Conselho Regional de Cultura se mostrou intransigente e contrário solução e exigiu a realização de um edital de chamamento público para ocupação do espaço.
Diante dessa confusão todos desistiram de ali instalar o referido museu e até hoje o Conselho de Cultura e a Administração do Guará não deram uma finalidade para o local. Inclusive a Administração Regional alega que existe um processo para reforma tanto da antiga Casa da Cultura, como da nova Casa da Cultura.
Provocada pelos meios de comunicação da cidade a Administração Regional do Guará informou que assim que tomaram ciência da ocupação, acionaram os órgãos de segurança e fiscalização. O local apresenta riscos à vida, conforme aponta a Defesa Civil. As pessoas que ali estão correm sérios riscos e não possuem autorização da Administração Regional para permanecerem. O grupo foi orientado a desocupar o local pela Defesa Civil.
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