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Os Candangos: Carnaval maranhense no Guará

Fundado em 30 de março de 2021, na QE 40, Rua 12, Lote 02, S/N, no Polo de Moda, no Guará II, na cidade do Guará, no Distrito Federal, pelos senhores José Henrique Machado dos Santos,  Anderson Fabrício Gomes, Edvaldo Lucas da Silva, Everaldo Lucas da Silva, Ivan Barroso Sirkis, Jeferson Maximino Pinto, José Augusto de Jesus, José Maria de Castro, Leonardo Xavier Rangel, Luís Carlos Nunes de Oliveira, Luis Eugênio Oliveira de Souza, Marcelo Barroso Sirkis, Ricardo de Araújo Nunes, Irandi Marques Leite, Ivaldo Santana da Silva, Luís Carlos Martins Nascimento, William Moraes Corrêa e Reinaldo Coqueiro Rodrigues sob a denominação de Associação Recreativa, Carnavalesca, Cultural, Educacional, Esportiva e Ambiental “Os Candangos”.

Os Candangos desenvolve como carro chefe dos seus projetos a implantação no Distrito Federal do primeiro Bloco de Ritmo, de Batucada ou de Tambor Grande (blocos tradicionais ludovicense), que por meio de um repertório de músicas, com uma temática ambiental, compostas por compositores maranhenses e regionais e com a utilização de figurinos que fazem referência ao meio ambiente, apresentará pelas ruas, praças, escolas e outros espaços públicos, shows e festivais um pouco da cultura popular maranhense que será produzida no Guará. 

O grupo será integrado por crianças, jovens e idosos moradores da cidade e adjacências, principalmente que estejam em situação de risco social, e por estudantes das escolas públicas. 

São padrinhos e madrinhas (ad eternum) o Grêmio Recreativo Escola de Samba Império do Guará, o Centro de Tradições Populares de Sobradinho (Boi de Seu Teodoro), a Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos (AMBC), os blocos maranhenses Os Foliões e Os Reis da Liberdade.

Reunião dos Candangos com o Secretário de Cultura de São Luís Marco Duailibe 

II Jam Polo Reggae evento promovido por Os Candangos em parceria com a Banda Deus Preto

O que são os Blocos Tradicionais ludovicenses?

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Surgidos na primeira metade do século XX, os Blocos Tradicionais por muito tempo foram conhecidos como Blocos de Ritmo ou Blocos de Tambor Grande, devido a sua cadência rítmica, bem como pela utilização de contratempos – grandes tambores de compensado, cobertos, em geral, com couro de bode, que acompanham os sambas que trazem à memória os antigos carnavais de São Luís.

Além de ser marcada pelo som peculiar dos contratempos, a musicalidade dos blocos conta com a percussão de marcações, retintas, cabaças, reco-recos, agogôs, afoxés, ganzás e rocas. O som resultante favorece a fusão com diversos estilos musicais, que animam a dança dos tocadores e demais brincantes, chamados de balizas, que realizam uma coreografia saltitante.

Os Blocos Tradicionais também se caracterizam pelo esmero com que produzem o figurino: apresentam-se com fantasias luxuosas, com golas, mantos, chapéus, camisões, cangas, perneiras e botas.

Na atual dinâmica do carnaval maranhense, cada bloco escolhe anualmente um tema, que serve de inspiração para a composição das letras dos sambas e para a criação das fantasias. Os grupos apresentam-se em diferentes espaços, com destaque para a passarela do samba (local onde disputam o título de campeão do carnaval) e os circuitos de rua, embora também realizem apresentações e atividades durante outras épocas do ano. Nessas ocasiões, saúdam o público com sua expressão característica: “Vai Querer, Vai Querer?!”


Porque Os Candangos?


Candango é uma palavra de origem angolana, da língua Quimbundo (família lingüística Bantu) que significa “gente ruim” ou “pessoa desprezível”. Usada originalmente para designar traficantes de escravos portugueses, passou a ser sinônimo de trabalhadores braçais sem qualificação. 

Exatamente esse o perfil de milhares de brasileiros de todo o país, principalmente do nordeste, que migraram nos fins dos anos 50 e início dos anos 60 para Brasília, Distrito Federal. Por isso, ganharam também o apelido de candangos, guerreiros que a custa de muito esforço, dedicação e trabalho duro ajudaram a construir a nova capital federal do Brasil. 

Desde então, ser candango passou a ser motivo de orgulho, sinônimo de trabalhador esforçado e diligente. Inspirou até um modelo de jeep da DKW-VEMAG de motor dois tempos e tração integral. Simples, forte e guerreiro.



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