Pular para o conteúdo principal

Júlia Lucy: Precisamos rediscutir o modelo das administrações do DF


A exoneração da administradora do Guará, Vânia Gurgel abriu uma oportunidade para que os parlamentares e a própria população do Distrito Federal façam uma análise cuidadosa da relação custo/benefício de manter grandes estruturas nas administrações regionais, acredita a deputada Júlia Lucy (NOVO). Defensora do uso racional dos recursos públicos, a parlamentar disse, em pronunciamento ao plenário nessa terça-feira (14), que é preciso modernizar a forma de tratar as nomeações não só de administradores, mas de todo o quadro de funcionários dessas estruturas.



“Precisamos fazer escolhas”, resume Júlia. Para ela, o atual modelo, com indicações feitas por parlamentares ou políticos, transformou as administrações em moeda de troca entre Executivo e Legislativo.

Júlia explica que a ideia de modernização da estrutura não passa necessariamente pela extinção das administrações regionais. Ela defende que quem mora em cada cidade saiba que será, de fato, bem atendida quando precisar debater os problemas de sua região. Ou seja, uma estrutura com objetivos concretos e com pessoas capacitadas para trabalhar e servir. “As indicações para esses cargos, se necessárias, não podem levar em conta objetivos meramente político-eleitorais”, observou.

E explicou: “Precisamos rediscutir o modelo das administrações aqui no DF. Tanto sob o ponto de vista do quadro que trabalha lá como a que custo e, principalmente, que serviços presta”. Para a parlamentar, “as pessoas que pagam impostos é que devem tomar decisões sobre o que fazer com os recursos arrecadados. “Prioridade, para mim, será sempre segurança, educação e saúde”, resumiu.
Júlia lembra que já existe legislação exigindo eleições diretas para o cargo. A lei estabelece regras para a eleição, direta, a ser organizada e concluída nos três primeiros meses do mandato do governador.

“Eu acredito que hoje, do jeito que está, nós, a população do Distrito Federal é que devemos fazer a escolha direta desses administradores” concluiu.

Comentários

  1. Concordo com a Deputada. A população deve participar efetivamente da escolha dos administradores regionais. Como morador do Guará, acredito que as eleições diretas para o cargo só trará benefícios, dividindo responsabilidades, melhora a qualidade dos serviços prestados, tornando-os pontuais para as necessidades de cada região administrativa, além de acabar com a barganha dos cargos públicos.

    ResponderExcluir
  2. de 5 anos que estou acompanhando, já se passaram como administradores vários pretendentes sem sucesso. Isso leva a crer que não o governo apenas ocupa cargo. A cidade merece respeito e dedicação.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Os comentários não representam a opinião do "Folha do Guará". A responsabilidade é única e exclusiva dos autores das mensagens.

Não serão publicados comentários anônimos, favor identificar-se antes da mensagem com Nome+(cidade+UF).

Postagens mais visitadas deste blog

GUARÁ 56 ANOS: ABUSO DE PODER NA FEIRA DO GUARÁ

Em meio a promessas não cumpridas, abandono estrutural e manobras políticas ilegais, o Governo do Distrito Federal protagoniza uma intervenção arbitrária, colocando em risco a sobrevivência de um dos maiores patrimônios culturais do DF. A Secretaria de Cidades do Distrito Federal (SECID) escancara um verdadeiro show de abuso de poder contra os trabalhadores da tradicional Feira do Guará . Ignorando a legislação vigente e atropelando a história e o esforço de centenas de famílias, a SECID agora tenta impor, a qualquer custo, a troca da entidade representativa dos feirantes por uma nova Associação criada sob sua tutela para substituir a Associação de Feirantes da Feira do Guará (Ascofeg) , entidade que há quase 30 anos representa os permissionários de forma legítima. Durante anos, a Administração Regional do Guará , subordinada a  Secretaria de Cidades do Distrito Federal (SECID), omitiu-se em nomear um gerente de feira — obrigação prevista em lei —, ignorando reiteradas solicitaçõ...

Feira sustentável no Guará une moda, saúde e consciência ambiental: “Estamos jogando dinheiro no lixo!

A Praça da QI 2, no Guará, foi tomada neste sábado (12) por cores, aromas e ideias que apontam para um futuro mais consciente e coletivo. A Feira de Empreendedorismo Sustentável chegou ao local como parte das ações do projeto Sustentabilidade Tecnológica , reunindo artesãos, produtores, educadores e lideranças locais num evento que foi além da venda de produtos: promoveu encontros, aprendizados e soluções. O espaço, organizado em parceria com a tradicional Feira da Amizade (Feirarte) , trouxe um mosaico de práticas sustentáveis, com destaque para roupas feitas a partir de reaproveitamento de tecidos, cosméticos naturais, brinquedos reciclados e alimentos artesanais. Tudo pensado para mostrar que é possível cuidar do planeta enquanto se gera renda e inclusão. Um novo olhar sobre consumo e pertencimento A Feirarte é uma feira de artesanato dos moradores da QI 2, que se expandiu para todo o Guará. Ninguém paga para expor, nós rateamos as despesas”, explicou Pequito , prefeito comunitário...

Guará lança Rede de Vizinhos Protegidos com forte mobilização comunitária na QE/QI 05

Moradores, lideranças e a Polícia Militar se unem em um novo modelo de segurança preventiva que promete transformar a relação entre comunidade e proteção no Guará. Na noite desta terça-feira 15 de abril de 2025, às 20h, nas dependências do CED 04 do Guará I, foi realizada a primeira reunião da Rede de Vizinhos Protegidos (RVP) na QE/QI 05. O encontro marcou o início oficial das atividades da RVP no Guará, reunindo moradores locais, lideranças comunitárias e autoridades da segurança pública em um momento de diálogo, mobilização e compromisso com a segurança da região. A reunião contou com a presença do Comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, Tenente-Coronel Fernando Passos , além de policiais do Policiamento Comunitário e do prefeito comunitário da QE/QI 05, Wanderson Carvalho , figura reconhecida pelo seu protagonismo e articulação junto à comunidade. O projeto da Rede de Vizinhos Protegidos tem como objetivo fortalecer a segurança pública com a participação ...

Guará 56 Anos: Circula Cultura presente de grego do GDF para o Guará

Edital de chamamento é alvo de críticas por falhas de transparência, exclusão cultural e desrespeito à legislação O projeto Circula Cultura – Etapa Guará , previsto para acontecer nos dias 02,03 e 04 de maio, na Praça da Moda, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (SECEC) em parceria com o Instituto Acolher, deveria ser uma oportunidade de valorização da produção artística local durante o aniversário da cidade. No entanto, o que era para ser uma ação celebratória se converteu em motivo de indignação entre artistas e agentes culturais do Guará. Com divulgação tardia, falhas no sistema de inscrições, ausência de previsão de recurso e critérios vagos de seleção, o edital foi amplamente questionado por não assegurar os princípios de democracia cultural, equidade e controle social, previstos na Lei Orgânica da Cultura do Distrito Federal (LOC/DF – Lei Complementar nº 934/2017). Divulgação ineficiente e prazo insuficiente Uma das principa...

Apesar dos esforços do 4º BPM e da 4ª DP, furtos de fios continuam no Guará I, que sofre com abandono e insegurança

Na madrugada desta quarta-feira, 23 de abril, o comércio da QE 05 do Guará I, em frente aos conjuntos A e B, foi mais uma vez vítima do furto de cabos de energia e internet. O crime deixou parte da região sem luz e sem conexão, afetando diretamente comerciantes e moradores. O episódio escancara um problema que vai muito além da criminalidade: o abandono histórico da primeira quadra construída no Guará. As QI/QE 05, que deveriam ser referências em estrutura e urbanização, hoje vive um cenário de descaso. Quadras poliesportivas estão em ruínas, praças abandonadas e várias ruas permanecem mal iluminadas, especialmente à noite, contribuindo para o aumento da sensação de insegurança. O mato alto, a falta de manutenção e a ausência de políticas públicas contínuas tornam a região vulnerável à criminalidade e à desvalorização. Apesar dos esforços do 4º Batalhão da Polícia Militar e das ações investigativas da 4ª Delegacia de Polícia, os furtos de fios de cobre tornaram-se rotina. O material su...